FINEP CONFIRMA APOIO À PROJETOS NUCLEARES E ABDAN PEDE AÇÃO DO MME SOBRE A QUESTÃO DA ALTA TARIFA DE ENERGIA DE ANGRA 3 | Petronotícias




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FINEP CONFIRMA APOIO À PROJETOS NUCLEARES E ABDAN PEDE AÇÃO DO MME SOBRE A QUESTÃO DA ALTA TARIFA DE ENERGIA DE ANGRA 3

celso-cunha-e1638558322232A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) confirmou que  irá investir em projetos do segmento nuclear este ano, sendo esta área uma das prioridades para a empresa, que é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Especialistas do setor comemoram com uma boa expectativa esta confirmação. Os projetos da FINEP são orientados para ampliar a capacidade de pesquisa e de inovação no desenvolvimento de ações estratégicas com foco no alto impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil. As áreas prioritárias da FINEP para esse investimento estão entre tecnologia de saúde, transição energética, transição ecológica, transformação digital e o complexo industrial de tecnologia de defesa. A decisão é fruto do evento, NT2E promovido pela ABDAN (Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares). Para o presidente da associação, Celso Cunha, este  apoio da FINEP nos projetos do setor nuclear indica maiores desenvolvimentos no Brasil: “Os investimentos da FINEP em projetos do setor mostram grandes chances de crescimento para inovação nos processos nucleares e de tecnologia sustentável. Essa iniciativa é extremamente importante, pois o setor nuclear tem um grande potencial para impulsionar o desenvolvimento do país em diversas áreas”.

Cunha explicou que o setor nuclear tem sido tradicionalmente associado à produção de energia elétrica por meio de usinas nucleares. No entanto, ele vai muito além disso: “O uso da energia nuclear pode ser aplicado em diversos campos, como a medicina, a agricultura, a indústria, a segurança nacional, entre outros. Além disso, a tecnologia nuclear tem grande potencial para promover a inovação e a competitividade em diversos setores da economia. Com a crescente demanda por energia limpa e sustentável, a energia nuclear pode ser uma importante alternativa para reduzir a dependência de fontes não renováveis.”

O presidente da ABDAN, fala ainda sobre a sua preocupação com os preços da energia elétrica que será produzida por Angra 3. Para ele, não faz sentido que o custo da usina seja tão elevado. A tarifa das usinas de Angra 1 e 2 é de aproximadamente R$ 350 por megawatt-hora (MWh). O valor é definido com base na receita fixa dos empreendimentos para cobrir despesas como combustível, fundo de descomissionamento, transporte e encargos setoriais. Cunha diz que estão incluindo o ônus político na conta da tarifa de Angra 3 e transferindo para os consumidores. As obras da nova planta começaram na década de 1980, com paralisações e denúncias de corrupção: “Não se pode concordar com uma tarifa cara. Não se pode incluir todo o passivo financeiro dos empréstimos do BNDES, enquanto a obra ficou parada pela própria União e pela Justiça. Será justo colocar  o passivo na conta da tarifa de energia? Ela deveria estar girando em torno de R$ 400 por MWh. Tirar a parte da remuneração do capital do BNDES e Caixa que foi colocado e está se pagando isso. Temos que transferir este ônus para os consumidores? Será justo?”, questionou.

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